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O papel do professor

  • Foto do escritor: Sandrine Sousa
    Sandrine Sousa
  • 5 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Comentário publicado no Fórum Ferramentas da Web 2.0 (20/06/2016)

Nesta intervenção, gostaria de abordar o tema "o papel do professor", pois é precisamente o que me preocupa e o que me levou a interessar-me por esta formação.

Muitas vezes, ouvimos um queixume de fundo, na sala dos professores: colegas que suspiram (também já me aconteceu!), porque os alunos não querem saber de nada; porque têm interesses divergentes; porque são preguiçosos, porque perguntam "e isso tudo vai servir-me de quê na vida?", etc. Raramente ouvi "o que devo fazer para os interessar?" ou "o que posso fazer para que as aulas se tornem mais aliciantes, mais convidativas?".

Sabemos que, para a maioria dos alunos, a escola é uma obrigação. Também sabemos que a nossa formação, a nossa educação nada têm a ver com a que presenciamos hoje. Porquê? Precisamente porque houve uma revolução na sociedade: a revolução digital. Em vez de nos lamentarmos, devíamos tentar adaptarmo-nos à nova transmissão e aquisição de conhecimentos. É por aí que deve passar a mudança no papel do professor. Tem que existir uma adaptação. Infelizmente, esta adaptação nunca poderá ser total se não existir também uma adaptação da própria Escola, enquanto instituição.

Pirerre Lévy refere que a "função principal do ensino já não pode uma difusão de conhecimentos, doravante garantida mais eficazmente por outros meios. A sua competência deve deslocar-se para o lado do desafio para aprender e pensar. O docente torna-se um animador da inteligência colectiva dos grupos de que se encarrega. A sua actividade centrar-se-á no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: a incitação à troca dos saberes, a mediação relacional e simbólica. A pilotagem personalizada dos trajectos de aprendizagem". (In LÈVY, Pierre,Cibercultura, Lisboa, Instituto Piaget, 2000)

Segundo o autor, o papel do professor será, assim, o de mediador das aprendizagens realizadas de forma colaborativa, onde o aluno é o centro do processo, mas também um agente deste. O professor não pode continuar a debitar informações como o fazia antes desta revolução digital; deve, antes de mais, usar as ferramentas Web 2.0 que tem à sua disposição para formar alunos que pensam e que colaborem numa experiência coletiva em prol do conhecimento, do desenvolvimento da memória, da imaginação e de outros saberes. Se é possível fazê-lo? Penso que sim; já tentei algumas vezes? Se é possível fazê-lo sempre? Nunca o consegui... Se é exigente ensinar nos dias de hoje, com tanta influência do mundo digital? Claro que sim! Já aprendi muito com os meus alunos, mas também não quero ficar para trás.


 
 
 

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