O docente na era digital - Powtoon
- Sandrine Sousa
- 6 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
“A aprendizagem com a web 2.0, Recursos Educacionais Abertos e Redes Sociais vem já ocorrendo de modo informal, principalmente entre usuários que têm domínio das tecnologias. […] Entretanto, as habilidades tecnológicas precisam ser desenvolvidas e integradas com habilidades científicas, e para isso, o papel docente é essencial como orientador nas diversas etapas da pesquisa e avaliador crítico-construtivo das habilidades e conhecimentos construídos.”
OKADA, Alexandra, Competências-chave para a co-aprendizagem na era digital,
Whitebooks, Santo Tirso, 2014.
O excerto acima transcrito resume, de alguma forma, uma das ideias que foram sendo transmitidas ao longo do desenvolvimento do tópico 2, no Fórum Ferramentas da Web 2.0: a posição do professor na era digital.
De facto, o papel do professor é de extrema importância no desenvolvimento das competências tecnológicas dos alunos. Apesar de ter um longo caminho a percorrer e com vários obstáculos para ultrapassar, deverá ser ele o agente que desencadeia o processo de aprendizagem coletiva. O uso de ferramentas web 2.0 poderá ser plenamente aproveitado se o docente estiver predisposto a seguir o caminho da inovação.
Não se pode pedir a um docente que utilize determinados softwares nas suas aulas se não estiver minimamente preparado para isso. É precisamente aqui que a formação e a investigação têm um papel fundamental. Todos os professores deveriam ter acesso a formações que os levem não só a conhecer as ferramentas web 2.0, como também a saber utilizá-las em contexto escolar. A escola tem um papel a desempenhar nesta matéria. Deveria ser ela a proporcionar ações de formação para o seu corpo docente. Estas, de caráter “quase” obrigatório levariam os professores menos interessados a debruçar-se sobre o assunto. É essencial acompanhar a inovação tecnológica de modo a não ficar para trás e correr o risco de ter alunos desinteressados nas aulas.
Para que um professor não seja ultrapassado pelos conhecimentos tecnológicos da nova geração “digital”, deve manter-se atualizado, informado e prosseguir a sua formação com investigação que lhe permita melhorar o seu desempenho profissional. Penso que se pode aplicar, neste contexto, a afirmação da famosa antropóloga Margaret Mead “If children do not learn the way we teach, we must teach the way they learn”. Isto é, para que os nossos alunos aprendam, reflitam e usem a sua capacidade crítica, devemos entrar no mundo digital onde eles comem, bebem e estudam de modo a tirar partido das ferramentas que eles conhecem. A partir do momento em que o professor dá este passo, poderá, então, introduzir uma nova forma de aprender – a aprendizagem colaborativa e reflexiva.
Os nossos alunos podem viver na era digital, mas estão perdidos e navegam num mar repleto de informações, que nem sempre são pertinentes. O consumismo, a sede de informação torna-os passivos. Eles precisam de refletir, de pôr em questão, de partilhar saberes e transmitir opiniões. Este itinerário só poderá ser possível se o professor tiver um papel de mediador das aprendizagens.
Deixo-vos um exemplo que considero fazer parte da mediação das aprendizagens. É uma apresentação criada por mim, no Powtoon (em contexto formativo) para os mais novos, de modo a ensinar-lhes a saber escolher a informação e a saber citá-la. As crianças devem ser logo ensinadas e retirar informação da Internet, mas com a consciência de que esta não foi escrita por eles e que têm de respeitar os seus autores.
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